Olhar de Bicicleta

Lançamento: setembro de 2017.

Editora(s): Verter & Bartlebee

Páginas: 214

Tamanho: 12×12 (do tamanho de um encarte de CD).

Preço: 20 reais. Caso queira adquirir, envie um email para rararafaels@yahoo.com.br.

Ou pode baixa-lo gratuitamente em formato PDF, aqui.

Texto da orelha:

Rafael Senra não é apenas o autor, mas o personagem principal de (quase) todos os ensaios, contos e crônicas deste livro. Com certa liberdade poética, ele escreve sobre seus doze anos morando na cidade mineira de São João del Rei, quando cursou graduação e mestrado em Letras na UFSJ.

Nesse período, a bicicleta deveria ser apenas seu meio de transporte, mas acabou se tornando uma espécie de amuleto em movimento, capaz de proporcionar visões panorâmicas e existenciais da própria vida.

Uma leitura rápida faria crer que Rafael apenas narra suas aventuras sobre duas rodas; quando, na verdade, Olhar de Bicicleta se mostra como um exercício poético e filosófico a respeito de diversos assuntos.

A receita para o fracasso: pensar nesse livro como um “álbum conceitual”, e isso na era das fragmentadas músicas digitais. Ou como um “ritual de reencantamento do mundo”, isso na era da descrença e do cinismo. Loucura? Sem medo de soar anacrônico ou desajeitado, Senra quixotescamente empreende sua busca por sentido em uma época forjada no coração do caos.

Talvez pareça difícil distinguir o que é real e ficcional nestes escritos pouco fiéis aos dados. Sabemos que, de todos os nossos métodos de registro, a memória é o mais frágil deles. Ainda assim, nem as tecnologias mais confiáveis foram capazes de convencer as pessoas de que não se deve confiar nas lembranças. Nenhum pergaminho ou tela pixelada conseguiu nos dar tanto sabor e emoção quanto o ato de recordar.

Um texto que busque tal sabor certamente irá mandar a coerência às favas. É o caso de Olhar de Bicicleta, onde os erros, fracassos e inconsistências da existência recebem um baita de um abraço.

Para Rafael Senra, é o olhar mundano que permite ao cotidiano revelar seu lado mágico. No fundo, só precisamos dar nomes à nossos milagres.
Arlan Farese

 

Tracklist
lado a 1. prefácio 2. intro 3. mantras 4. olhar de bicicleta 5. siesta 6. o cemitério das expectativas frustradas 7. brincar com ideias 8. novas vielas e o eterno tédio – with “o renascimento da pétala” 9. milagres silenciosos de cada ninho lado b 10. voos 11. o bom peixe pedala os dois pés do aquário 12. máquinas e ausências 13. pausa para refrescar 14. a filha da lua 15. provisórios pontos finais bônus track 16. santuários em movimento.